sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sufocar (pescada no blogger Sonhos)






Assistindo ao funeral do sol poente,

Algo em mim sinto morrer

nesse momento

Todo o meu ser se esvai em desalento.


A tristeza me envolve toda inteira

Só no silêncio encontro companhia

Fugindo à dor de imensa agonia.

Tento sorrir , só posso suspirar


E na garganta o pranto sufocar.

Janela (Pescada do Blogger Sonhos)




Na janela do tempo 
Debruço-me no peitoral 
da solidão fria 
E absorvo o néctar 
da desilusão.

Olho lá fora... 
A escuridão funesta 
Domina agora. 
Tudo é sinistro... 
Mas é chegada a hora. 
Os fantasmas persistem... 
Ergo-me mesmo exaurida 
E junto - aos poucos 
Os refugos de mim 

Atravesso a janela sombria 
desempilho meus medos 
e o meu olhar se prende 
nas estrelas da esperança. 
Os refugos de mim 
São elevados pela luz 
que emana da esperança. 
Sinto-me leve e imensamente feliz. 


Meu amor monitorada pelo Street View do Google

Sonhando com meu amore

Sentimentos virtuais

e o meu amor não joga conversa fora


 ... e o meu amor não joga conversa fora!

Muitas pessoas dizem que amam...
Pouca pessoas sabem amar...
Amar é uma palavra curta...
Mas um sentimento eterno!!!

Amor está dentro do nosso coração...
Não da nossa cabeça...
Por isso nunca digas que ama...
sem sentir
Amor


Esta espera (pescado do blogger Sonhos)

Esta Espera

Esta espera no tempo
Tempo que não finda
Resposta que não chega
Incerteza, da certeza
Coração machucando
Lágrimas caindo
Tristeza que me envolve
Esquecer este pesadelo
Dormir …. voltar a sonhar

Scrap do orkut - Mauricio para Luciana

Amando-se hoje e para sempre

            Amando-se hoje e para sempre

Insônia

Insônia

Queria agora estar a dormir
Aliviado de minhas dores e mágoas
Envolvido em belos sonhos
Descansado e a sorrir...
Queria não saber que já é tarde,
Que lá fora nas ruas vazias
Meu pensamento vagueia a sua procura,
Em cada canto e esquina desta cidade sombria

Queria tê-la neste momento
Queria tê-la em todos os momentos
Queria em momentos tê-la
Queria com você ter momentos!
Mas o que lamento
É não tê-la neste momento.
E sim em troca muito sofrimento!

Queria acabar com este inútil tormento
Nem que fosse preciso fazer um juramento.
Pois de você eu preciso...
E só sua presença seria meu acalento!
Queria ainda com você estar
Queria muito com você ficar
Mas a realidade... Esta dura personagem a
Serviço do sofrer...
Durante muito tempo está a nos afastar,
Mas não tem de que!
Eu gosto de mais de você.
E esta insônia. Eu sei vai acabar
E o sono de mansinho terá de me chegar...
E com certeza com você eu vou sonhar!

Queria agora dormindo estar,
Queria agora esta maldita insônia matar.
Queria no meu sonho a você encontrar...
Queria então finalmente poder lhe amar!
Mas enquanto o sono não vem,
Aqui deitado penso em você meu bem,
E nas coisas que sinto e quero de você também!

Penso em você namorada, mulher e amada.
Penso em você minha adorada, que me faz ser alguém.
Penso em você, se me dará carinho, amor e quem sabe um neném?
Penso em você ajudando-me em minha cruz...
Penso em você toda luz, e com seu olhar que, me seduz.
Penso em você agora a me sorrir...
Penso em você, carinhosamente pondo-me a dormir!

                                    MOVA 14/02/1984

Sob a luz das Estrelas

Sob a luz das Estrelas

Sob A Luz Das Estrelas

No meio de uma madrugada, quando a gente se sente só e esquecido de todos. É que de chofre, mil perguntas invadem-nos o coração!
Por quê? Como? Até quando? A onde estará? São algumas das perguntas que entre tantas... Afligem um coração solitário,
Quem sou eu? Quem é você? Prá que existimos ou por quê?
... É... Sozinho assim, com tantas perguntas sem respostas, a gente acaba louco!

Olho agora para o escuro azul do céu e na sua paz perfila-se aprumados diminutos pontos de luz das cálidas estrelas, que no seu débil tremeluzir...
Tentam me dizer: um pouquinho sobre mim, um pouquinho sobre você
E sobre tudo... Um tudo sobre nós

Na serenidade desta noite a resposta se encontra. Na harmonia abstrata das estrelas, o saber se reflete, mas no caos do meu sofrer um véu empana minha percepção... Trazendo-me uma enxurrada de dúvidas sem solução.

Fito e reflito sobre a paz que este céu, tão grande, majestoso e eterno me reflete. Penso então no seu mistério, que a nós, encobre. Penso em suas maravilhas visíveis e medito nas ocultas. Penso viajando nele de norte a sul, de leste a oeste. Penso em penetrá-lo, percorrê-lo em profundidade e em queda livre... Para lugar algum adentrar-me... Vagar apenas, eu penso...

E assim como um especial cometa, que tivesse uma órbita livre, entre muitos anos luz de maravilhas gostaria de me perder

Daqui de baixo a embebedar-me com a magia que se espraia pôr todo o meu horizonte, faz-me sentir inebriado e um tanto zonzo pôr tanta beleza. Reparo pôr todo o céu estrelas de diversos tamanhos e brilho, algumas agrupadas, outras solitárias, mas todas fazendo parte... Todas contribuindo para um todo.

Fascinado, fico matutando a respeito do que vejo, tentando de alguma maneira fazer uma analogia ou conceituar, encaixar ou responder ao menos, alguma pergunta dessas, que hoje principalmente me afligem.

Tento comparar um brilho fraco de uma estrela distante, com a minha nada difusa solidão. E com isso deduzir que se a razão do brilho fraco de uma estrela é à distância... O mesmo motivo justifica então, a dor desta presente solidão.

Assim aqui sozinho. Fico a questionar sobre a minha real importância aos que me cercam. E às vezes acho que não pertenço a eles, pois a distancia... É grande! Mas observando ainda aquela pequenina estrela escondida nos confins do universo, a emanar uma fraca... Porém sua! Parcela de luz... É que percebo então, que apesar de toda a distancia a aparente solidão... Ela faz parte! Parte de uma grande constelação.

...Ela e as outras se completam apesar de tudo, e com isso temos que concordar!  Será que comigo também ocorre isso? Será que esta solidão, é apenas a distancia física que me separa de uma outra (estrela) ou (estrelas)? E que embora eu não saiba pertenço também a uma constelação?
É... Perguntas, perguntas, novas perguntas mau tento responder uma... E (novas) explodem no universo confuso da minha alma!
(novas) e (super novas) perguntas em expansão, criam na minha cabeça um subsistema confuso onde não consigo a tempo, computar dados suficientes para respondê-las.

Eu sei que cada estrela do céu tem sua orbita no plano estelar...
Como sei que cada homem tem o seu destino a seguir aqui na terra.
Sei que cada estrela tem seu brilho próprio e que a distancia interfere proporcionalmente na nossa percepção do mesmo.
Como sei também que cada homem tem o seu valor próprio e que dependendo de nossa afinidade, ou melhor, do grau de atenção, podemos percebê-lo mais ou menos intensamente.

Sei também que apesar de toda a distancia de uma triste estrela solitária lá no fundo do céu... Daqui! Onde me encontro, vejo que ela não está tão só... Que ela fás parte de uma formosa constelação, observo então. Mas o que eu queria mesmo saber é: se lá onde se encontra essa estrela, me seria possível fazer saber... Se eu tão solitário, aqui no meu brilho falho... Também pertenço a uma constelação?

Sim!  Talvez me respondesse... Mas a qual? Eu pergunto!
Qual ou quais dessas pessoas que no lusco fusco de emoções várias... Fazem parte em conjunto comigo de uma constelação?
Quais são essas pessoas (estrelas), que em suas orbitas irregulares e imprevisíveis... Um dia estará em conjunção em relação a mim?
É... Perguntas, perguntas e mais perguntas... E todas sem respostas!.

MOVA 09/02/1984

Imagine acontecendo

IMAGINE ACONTECENDO


SENHOR DELEGADO:

Espero que estas que se seguem, sejam do seu agrado e conseqüente-mente ajudem-no a julgar este desesperado. Olhe-me nos olhos, veja a minha aflição, tente pôr um momento enxergar dentro, o meu coração. Olhe-me de cima a baixo, através e dos lados, mas principalmente olhe-me de frente!
Talvez repare então que até me faltam alguns dentes... Se falta de vergonha não é desculpa, saiba que meus bolsos são carentes... Não é minha culpa! Se a minha aparência não é das melhores... Vamos e convenhamos. Também não é das piores.  Então doutor... Serei aberto:
Não me julgue pela aparência... Eu lhe rogo, eu lhe peço!

Agora, quanto ao fato da minha detenção, eu explico:

Eu "tou” duro... O Senhor sabe... Não sou rico! Bem! Com esta inflação, e eu sem um tostão... A solução me foi abdicar da condução. À hora era tardia, e eu com a barriga vazia, entretido em meus pensamentos pela rua íamos...

Estanquei ante a voz que dizia: POLÍCIA! DOCUMENTO!

Ao que lamento, pois sou mais teimoso que jumento e em qualquer lugar que eu vá... Só ando sem documentos! E já, já, rapidamente como nova forma de entretenimento a ronda me pegou só de divertimento. Trazendo-me aqui preso e dolente para alguns esclarecimentos, que eu sem mais delongas me apresento para o depoimento.

Senhor! Sei que o seu tempo é valioso...
Sei que problemas nas ruas existem em cada curva em cada reta, Mas convenhamos, não vale muito...  perde-lo  apenas, com um simples poeta!
Se crime eu cometi...

Garanto! Foi o simples fato de eu existir... E de no seu caminho de trabalho lhe sorrir! Sim, eu estava a sorrir, pois a vida para mim é bela mesmo se eu for trancafiado numa cela, ainda assim gosto muito dela...

Será que é crime ter como armas uma caneta e um papel?
E de eu disparar palavras do fundo d'alma a granel?
Ora! Eu apenas disparo, em profusão, tristes palavras de tensa comoção.
Atiro sim, a torto e a direito, a esmo mesmo, em qualquer direção.
Tal como cupido com suas flechas despertando paixão...
Sinceramente veja se não tenho razão:
Será crime, se inconscientemente, algum dia roubei um coração?

Em caso positivo... Apresento então uma queixa: Roubaram também o meu coração! Sim... Acertaram-no com a flecha do amor e ferido desde então, foi tomado de forte paixão!
E a mulher, doutor... Aquela ladra, fonte da minha Inspiração, neste momento, doutor, deve estar a ver televisão... Impune a lei... Aninhada, eu sei, num gostoso e macio almofadão!

Seu Doutor, pôr favor, deixa-me ir... Pois  rapidamente, daqui quero sair...
... Se aqui não há nenhuma acusação registrada...
Então me manda embora para junta da minha amada!

O senhor Delegado sentado, empertigado, e um tanto acabrunhado.
(Pôr uns instantes meditando, assume uma expressão de cansado.)

- OK - disse ele - Está liberado... Mas, da próxima, tome cuidado!

E eu contente, respirei aliviado, mas um tanto aparvalhado num canto fiquei parado...

- Doutor? - Perguntei acanhado.
- O que? - Disse o delegado zangado.
- Sabe? Lá fora tem muito bandido, atentado, crime e pavor...
...Sabe doutor, eu quero voltar correndo para o meu amor, mas tou duro e... Até lá... A distância é um horror!
E. Bem... Tenho então um pedido do fundo do coração...
Leva-me para casa de camburão?

- João! Depressa! Tranca esse doido na prisão!

                                                                                   MOVA 31/01/1984

Uma gota

Uma Gota...

Uma gota de silêncio com o frescor do orvalho,
Flutua leve e solitária num céu pontilhado de estrelas de brilho falho.
Uma gota de silêncio transparente feito vidro,
Passeia incógnita entre cinzentas nuvens e denso granizo.
Uma gota de silêncio repleta de paz,
Fulgura em contraste com a balbúrdia dos meus sentimentos
De amargura.

Uma gota de silêncio... Convite a reflexão...
Voa aleatoriamente em meio a confusão.
Uma gota de silêncio, minúscula, mas poderosa,
Sobrepõe-se a angústia de minha alma em polvorosa.
Uma gota de silêncio sem destino vagueia placidamente
No escuro da noite entre emoções ardentes.

Uma gota de silêncio, prenúncio de uma solidão,
Segue-me pôr estas linhas e se instala no meu coração.
Uma gota de silêncio apenas, sem motivo, sem razão.
Dentro de mim age, abrandando-me o fogo de um vulcão.
Uma gota de silêncio sepulcral e sombria,
Priva-me da angústia dos gritos de minha alma vazia.

Uma gota de silêncio que nos separa e cancela,
Uma gota de silêncio que me cala e a ela.
Uma gota de silêncio singela... Mas mortal.
Uma gota de silêncio...
Sim! Uma gota de silêncio tão bela... Tão final!

                                                                                                    MOVA/26/01/1984 

Tenha Certeza

Tenha Certeza
  
Imagine uma caverna subterrânea grande e inexplorada.
Imagine uma caverna úmida, escura e desolada.
Imagine-se então dentro dela perdida e só.
Imagine-se nela andando em círculos e tropeçando.
Imagine-se sem noção das horas, dias e de direção...
Apenas andando... Andando... A procura...

Imagine-se perigosamente a borda de um profundo e negro poço. Imagine-se com calor e sede, mas você não vê o fundo do poço.
Atire então uma pedra. Atire outra pedra... E espere.
Conte o segundo, conte os segundos... E espere.
O tempo passa e passa. E você acaba perdendo a contagem.
Longe... Muito longe... E você continua com sede!

Imagine-se quase levada a loucura pela grande solidão e escuridão. Imagine-se a gritar. A espera de um eco que lhe faça ilusão...
Mas o som de sua voz se perde neste ambiente amorfo. Você está só... Imagine e sinta... Você está só!
... Só continuará se não encontrar uma saída!
Imagine e veja lá longe uma tênue luz... A saída?

Imagine agora que esta caverna desconhecida, úmida e escura,
Seja esta distância e silêncio que nos separa...
Imagine também que o seu amor me é a água profunda e longínqua daquele poço...
Imagine, pois que estas linhas são aqueles gritos a espera de um eco...
Imagine que a tênue luz vista é a minha esperança...
E então tenha certeza: Você é a minha saída!

MOVA 21/01/1984