segunda-feira, 29 de novembro de 2010

E feliz também a farei


E feliz também a farei:


Querida eu lhe amo simplesmente...
E mente: Quem me desmente!

Não duvide...
                        E me queira também!

Pois estou carente e de você,
                                                  Tão dependente.

E eu sofro irremediavelmente,
Quando inutilmente,
Tento tantas vezes lhe dizer...

Tudo o que me lavra ao coração e a mente!

Acredite!
                 E
                      Me
                           Faça
                                   Feliz...

... Que
           Feliz
                   Também
                                  A
                                     Farei
                                             Para todo o sempre!


MOVA 14/03/1985

Prefixo de uma Saudade.

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Prefixo de uma Saudade.

Chove forte la fora e de certa maneira algo implícito me faz triste. Minha casa pequena, agora vazia sem você, tão grande me parece.
No rádio eu procuro aflito; aquela marcante canção do Dire Strait.
Concomitantemente esperando encontrá-la para aliviar-me ou mesmo esquecer, que esta solidão que me cerca e me faz sofrer, infelizmente existe.

Um banho quente me deixara relaxado, agora depois de uns drinks um pouco mais... Mas esta procura inútil no receptor... Ao contrário: está me deixando desesperado e mesmo, enervado!

O tempo vai passando e a chuva antes forte também, e as suas ruidosas águas rolando desenfreadas, tendo a tudo encharcado, lavado e revigorado no solo a fundo foi penetrando e se escondendo.

Mais uma dose no copo e um novo cigarro no cinzeiro. No dial uma estação escolhida a esmo, toca uma canção, neste momento a mim tão irritante. Deixando-me impaciente e na expectativa febril quase senil de acreditar que a próxima música será a que me completará pôr inteiro.

Ainda curtindo o prazer deste cigarro, e entretido na espiral da sua fumaça, o meu espírito em densa expectativa vaga ao sabor de tristes pensamentos. Que me levam assim na onda do seu desvario, através do tempo até um, certo momento...

Momento crucial esse, momento quase que fatal momento dilacerante em que eu sem alternativa... Resignadamente de entre os meus braços mais uma vez via, você me escapar devagar e fluídica; feito água enquanto de fundo no rádio do seu carro tocava a música que hoje necessitado... Tanto procuro.

No lamento dessa melodia, você se desvanecia você partia. Se evaporando, num instante de paralisante e paradoxal calma, deixando-me de fato assim mais uma vez triste fundo na alma

Como prefixo de uma saudade, desde então esta música ficou impressa, impregnada e incrustada fortemente marcada no meu ser... E pôr ser assim ilógico, hoje aqui tão sozinho, eu não tenho como não agir somente do jeito que o coração manda.

Procurando mesmo que em vão, mas muito esperançoso aquela canção que tanto me lembra e ao menos em pensamento, me traz utopicamente de volta a você minha amada, doce mais volátil Fernanda!

MOVA 21/12/1985

De Vez Em Quando


De vez em quando...

Vencendo as barreiras do seu silêncio e da minha indecisão. Hoje lhe telefonei ávido de companhia e carente de atenção. De um orelhão qualquer pude com você finalmente falar...
Trazer de não sei onde para perto de mim a sua voz embora sonolenta, mas que no seu tom tão querido, tanto me impressiona. Tanto me acalanta.

Sei que já era tarde. Mas não pude evitar, deixar de lhe telefonar era-me coisa impossível de aceitar, não podia fugir ao destino, para sobreviver eu tinha de qualquer maneira ligar.

A noite estava tão linda apesar de me parecer tão triste e solitária. Uma chuva miúda caía e de tão fina apenas de leve tocava-me a cara refrescando-me a pele, tocando-me a alma e aflorando-me lembranças.

Lembranças tão fortes quase concretas de outra noite também chuvosa. Noite inesquecível, não tão longe assim em que eu a tinha bem junto a mim, cabelos encharcados, escorridos na nuca, lábios vermelhos marcando-me o peito. No olhar um relâmpago inebriado na sua voz uma rouquidão ou um desejo velado?

Naquela noite tudo era idílio, não havia lugar para tristeza e até o frio que nos fustigava a gente indiferente desprezava curtindo inocentemente nossos momentos derradeiros de profunda beleza!

Derradeiros hoje eu sei que eles foram... Mas aceitar ou compreender de fato esse fato, isso não consigo e nem quero acreditar...
Não posso crer, que tudo nos fora ilusão passageira; que não passara de uma relação inconseqüente ou pior: Brincadeira!
Mas de certa maneira, valeu a experiência não devo me queixar. Você não foi a primeira a me conquistar e paradoxalmente a me deixar... Ainda assim doeu muito estou sentindo e talvez, pôr isso mesmo; no intento enlouquecido de ver a minha dor abrandar, assim hoje de vez em quando venha ainda... Aflito e carente a lhe telefonar!

VisualizarMOVA 29/11/1985

O que eu não quero saber


O que eu não quero saber


Eu quero que você saiba...
Eu quero que saiba:
Que eu quero você e a mais nada!

Eu   quero você!
Eu quero você...
Também me querendo!

Eu quero estar bem...
Eu quero estar bem juntinho à você!

Eu quero você não mais assim distante.
... Eu quero simplesmente:
Você cada vez mais perto naturalmente!

Eu quero também ser feliz!
... Quero ser feliz, quando eu a tê-la também feliz!

Mas o que eu não quero:

É saber, que tudo o que eu quero,
               
                                                Simplesmente
                                                                         Depende
                                                                                         De você
                                                                                                        Também
                                                                                                                       O querer!

MOVA 23/11/1985

Pôr Que?


Pôr Que?

De uma maneira indelével, eu a tive quase que impotente nos meus braços
Pôr momentos inesquecíveis eu também, a tive subjugada nos meus beijos... Hipnotizados então ficamos embevecidos num mágico idílio...

Trago, vívidos na lembrança o aroma contagiante do seu cheiro, e a sensação deliciosa dos seus toques e pelos seus cabelos acariciando-me a pele, e até o brilho cristalino do seu olhar na minha mente ainda reluz...

Mas apesar de tantas e gratas reminiscências, não estou feliz!

Tanta falta sinto de você...  É fácil entender isso.
Tanto lhe quero e isso também o é!
Mas como compreender agora a nossa situação? Como depois de tanta e franca entrega e plena aceitação, possa hoje haver lugar para dúvida, medo e frustração?
Pôr que quando a tenho em meus braços simplesmente... Um impulso instintivo me adverte para não mais me entregar totalmente?

Pôr que nesses momentos, mesmo você dizendo que gosta de mim, não sinto segurança alguma que me conforte a alma, ou a alegria que espeoe um dia alcançar?

Talvez porque eu sinta no fundo seu olhar, tanta pergunta a espera de respostas que façam calar o burburinho nefasto na sua razão e mente...
Que põe em cheque a toda hora, toda a verdade do meu coração cruelmente.
Talvez porque, realmente no seu coração a coisa seja assim:
Você não me ama! E não quer se ligar a mim!

MOVA 20/11/1985

Mais forte bonito e confiante


Mais forte bonito e confiante


Como uma bomba de Nêutrons de repente em minha vida
Você doce criatura surgiu. Explodiu e me implodiu...
Com força avassaladora de mil Megatons!

Numa fração de segundo tornou dia a minha deprimente e eterna noite existencial, estonteando-me com seus beijos.
... Sacudindo-me fortemente em seus braços, desmoronando-me assim a resistência e cegando-me frente à luz dos seus ternos traços!

Sob o explícito ardor do seu olhar,
Você me consumiu os percalços da razão, minando-me a paranóica relutância instantaneamente, fazendo-me seu prisioneiro...
E perdidamente tornando-me escravo do seu sorriso faceiro!

Hoje seus fulminantes olhos ardem ainda gravados fundos em minha mente, queimando sem cerimonia cada pensamento espúrio que pôr ventura surja, nos tantos momentos que passamos distantes lamentavelmente...
Enquanto o silêncio desesperador da sua voz se faz presente ressoando forte na minha alma, estrondando-me a razão e deixando-me insone; em contra partida ao conforto do bálsamo de ouvi-la tão meiga e suave, curando-me a ferida mesmo quando a ouço até pôr telefone!

Mas felizmente, um halo radioativo da sua presença me cerca...
Contaminando-me de sonhos, impregnando-me de fantásticas fantasias, transformando realmente a dor da nossa distância de uma profunda aniquilação em futura e imperativa alegria!

Pois eu sei que a poeira atômica que hoje nos esconde a segurança de uma certeza atrás do seu véu de densos resíduos...
Um dia assentará e com certeza nos revelará que o nosso amor, hoje ainda vacilante e mutante... Existe! E está mais forte, bonito e confiante!

MOVA 15/11/85

Acredite Apenas


Acredite Apenas

Faz pouco tempo que nos conhecemos e tão pouco também,
É o que verdadeiramente sabemos da gente...
Realmente o que podemos dizer com certeza agora um do outro?
Nada! Ou melhor: quase nada não é mesmo?
Adivinhar, pressentir e um forte desejar,
Neste momento são as forças que podem nos suprir de esperança e conforto
Duradouros enquanto o tempo não mostre que o que está nascendo entre nós é
Amor!


Amor doce e frágil ainda tão criança!
Crescendo sutilmente junto com a esperança. Alimentando-se de mim e de você
Repetidamente e criando razões cada vez mais fortes em nossos corações
E almas simplesmente: Um amor singelo e belo que o
Destino nos reservou, mas que
Ironicamente,
Teimamos propositadamente em duvidar, em questionar...
E de repente; até em aceitar!


Antes que muito tempo passe para finalmente acreditar-mos nele.
Preciso agora alguma coisa fazer... Mais não sei bem o que!
Escrevo então utopicamente trazendo do futuro a
Nossa aceitação plena desse amor e conseqüente felicidade,
Acreditando que assim as
Suas e as minhas dúvidas se dissiparão frente a essa única verdade!


MOVA 08/11/1989

A fantasia que a minha realidade tanto reclama


A fantasia que a minha realidade tanto reclama

Quando de um jeitinho todo especial você me olhou, mais do que um inocente olhar, você me lançou. Pois você me fez seu prisioneiro e literalmente você me enfeitiçou.
Depois então foi fácil. Em meio ao meu febril delírio, você me conquistou e paralisou num magnético olhar. Você assim para mim é colírio e não posso negar!

Não tenho forças nem sei o que faço você me amarrou apertado nos seus braços, deliciosamente me torturando quando me acaricia, com o calor expressivo do seu sensual colo. Calando-me um impulsivo suspiro num repente. Ao me amordaçar com seus lábios amigos e tão quentes.

Subjugado pelo seu envolvente cerco. Eu me rendo e nos caminhos misteriosos do seu corpo me perco, minha mente não me mente. Uma explosão se principia pôr trás deste mágico torpor. E aos poucos descubro sorridente a força da emoção latente, tinindo para explodir frente ao toque irreversível deste iminente amor.

E maliciosamente você me sorri, despertando-me a fantasia, desnudando-me pôr dentro, mas paradoxalmente saindo de mim em seguida esguia como o vento. Deixando-me tristemente perplexo, tristemente livre pela sua atitude tão descabida, felizmente logo voltando tão maravilhosa assim inocentemente despida, assim picantemente atrevida, tendo novamente no olhar um segredo implícito no seu brilho magnético, prometendo-me a fusão maior que possa haver na vida pôr trás do seu reflexo!

Subitamente você me toma de assalto e entre grunhidos sem nexo, me abraça e me beija do jeito de quem ama. E rola na cama, serpenteia e se enrosca desejando sexo. E na chama de um forte ardor, trançados e fundidos rolamos inebriados fazendo amor
No auge da chama que nos flama, uma maravilhosa sensação se faz notar... O mundo perdeu o sentido...
Estamos juntos e felizes a gozar e a nos dar e a nos amar, mas infelizmente nada! Nada eu sei... Deu-se assim de fato!

Pois tudo o que eu aqui meramente relato, são como retratos das ilusões do meu coração que... Traspassados para o papel em prol da esperança de um alivio, mesmo que também ilusório, de viver no papel esta fantasia. Que a minha realidade tanto reclama!
MOVA 30/10/1985

Mil Vezes


Mil Vezes
  
Mil dias nasceram mil noites chegaram.
Mil dias se foram, mil noites passaram.
Foram mil os sonhos e as esperanças...
Mas também foram mil às desilusões e conseqüentes decepções!

Mil foram as vezes que eu desejei você,
Foram mil, porém... As vezes que não a tive!
Foram mil períodos de ingrata mortificação,
Mil vezes repetidos para minha desolação...

Mil rotações que se deram despercebidas,
Mil revoluções que se processaram em minha vida.
Enquanto você pôr mim era mil vezes querida...
Mil vezes se fez a mim proibida!

Meu amor pôr você mil vezes foi versificado,
Mil vezes foi articulado... Mas mil vezes...
Mil vezes mesmo!  Não pode sequer pôr você ser imaginado,
Pôr você nunca ter me amado e conseqüentemente me desejado!

Tenho então mil vezes sofrido,
Mil vezes irracionalmente imaginei você ao meu lado,
Contudo mil vezes para a vida tenho acordado.

Então mil vezes chorei!
Entretanto se para tê-la um dia mil vezes terei ainda assim que sofrer... Prontamente mil vezes estarei novamente a lhe buscar...
Mil vezes a desejarei, mil vezes não deixarei de lhe amar e esperar!

MOVA 28/10/1985

De que me adianta dizer?


De que me adianta dizer?
  
Parece até brincadeira,
A  loucura minha de desabafar ao dizer para Deus e o mundo,
O quanto eu perdidamente amo você.
Seja através de linhas como estas: seja então de outra maneira!

Mas a verdade é uma só!
Embora seja a minha maneira...
Eu lhe amo com sinceridade!

Uma maneira sofrida e triste,
Que me deixa entre tudo atônito.
Pôr eu ser obrigado de certa forma a esconder tudo que sinto de você aqui no peito!
Pôr eu ser um irremediável ser que trás na alma,
O  estigma de um grande amor platônico...  Como defeito!

Mas não tem jeito!
Nunca poderei lhe confessar ou mesmo deixar transparecer, todo esse sentimento que tranco no peito.
Pois se você não me ama como posso ver...
De que me adianta dizer: o quanto e o tanto que eu amo você?

MOVA 26/10/1985

Você não nota


Você Não Nota

O  tempo passa sem você notar,
E tudo a sua volta muda devagar e sempre, mas você absorvido no eterno presente, não nota simplesmente que tantas metas futuras e agora passadas...
Durante tanto tempo desapercebidamente se esconderam no passado, uma a uma, depositada e esquecida no fundo de uma lembrança mal-transada.


Tantos planos, tantos sonhos e tantas esperanças, enfim:
Tanta perda de tempo!
Desperdiçado inconscientemente no tiquetaquear constante e inexorável da roda-viva que lentamente nos traga.


A esperança e a força do desejo fomentam-nos a ilusão de ter-mos agora no presente... A plena convicção de que o futuro nos será sorridente.
Alimentando-nos a cada momento com promessas veladas, que o nosso espírito faminto e carente, encontra pôr trás de fatos dos mais absurdos ou mesmo incoerentes.


Assim como me ocorre neste momento, em que eu descubro alucinado; a enorme distância no tempo que existe entre tantos desejos e metas gerado, e traçadas respectivamente no meu passado... E a esta realidade enganosa que me cerca numa envolvente onda de esperança...
E conseqüente espera, apesar de todas as minhas metas terem resultado em fracasso!

MOVA 25/10/1985

Depois Que Você Mudou


Depois Que Você Mudou

Depois que você mudou,
Mudou quase tudo em minha vida,
Vida essa que se tornou vazia...
Vazia de alegria, esperança e idéias... Mas não de um sonho!
Sonho ainda...  Ainda com você!

Depois que você mudou,
Mudou tanto a minha vida... Pôr que?
Porque tudo nela sempre foi e sempre será você!
Você que eu preciso você que eu amo...
Que eu amo e quero que eu quero e sofro...  Que eu sofro e clamo!

Depois que você mudou,
Mudou o destino do jogo,
O jogo, eu jogo agora pôr jogar...
Jogar pôr jogar, jogar atoa não é uma boa...
Boa maneira de se acertar...
De se acertar na maneira certa de lhe amar enquanto espero você voltar!

Depois que você mudou,
Mudou tudo em minha vida e eu mudei também...
Também pudera! Sem você na minha vida...
Agora também não me interessa o viver assim!
Assim sem mais esperança; e triste pôr estar vivendo com você assim tão longe de mim!

MOVA 18&19/10/1985