Ironia
Sob o peso da ironia.
O homem se deixa afundar inocente,
Mais e mais no seu profundo e negro íntimo.
De uma maneira sutil, tola e displicente.
Tantas forças resultantes então o cerceiam, que um medo florescente e dilacerante que a tantos reduz, cresce e crescerá a cada momento de passiva, mas destrutiva imobilidade...
Turvando-lhe os horizontes, enfim: apagando-lhe a luz!
Cada gota de suor frio que lhe assoma as têmporas e a testa atesta-lhe a dor da incapacidade e a angústia infinita. Pôr ver sair-lhe pôr incontáveis poros, energias vitais de uma forma tão banal, mas que no fundo com o passar do tempo de uma maneira irreversível e tão fatal!
Pois suas forças constantemente minguadas, não serão suficientes de repente, para supri-lo na árdua luta de viver e de se sentir gente!
Sob o peso da inércia mórbida, obsessiva e descabida...
Perde-se
a razão,
o amor próprio
e a própria vida!
MOVA 02/06/1986
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