terça-feira, 30 de novembro de 2010

Saudade


SAUDADE

Saudade amarga, saudade dura de suportar.
Saudade pura que me atinge a toda hora!
Enfraquecendo-me aos poucos, um pouco querendo me matar.

Saudade insuportável de tão espremida, corroendo e espetando devagar, este pobre cara quase já sem vida.

Um cara que trás no peito em forma de margarida.
Uma bizarra, tensa e profunda ferida...
Marca dramática displicentemente deixada pelo destino que no seu enlouquecedor e triste desatino, tanto me faz sofrer e chorar sem mesmo ver...
Da inutilidade deste impotente pranto. Que hoje e nem nunca o meu desamor poderá resolver!

Mas mesmo assim, esta saudade repetidamente me fustiga. E você cada vez mais é pôr mim desejada e querida.
Pôr esta saudade você é retratada, você me é lembrada. Mesmo sendo-me pela realidade cruelmente negada... E pela minha própria razão é resignadamente descartada!

MOVA 13/05/1985

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