terça-feira, 30 de novembro de 2010

Trem Do Tempo



Trem Do Tempo
 O tempo segue impassivo sua infindável trajetória. Afastando do meu presente de uma maneira irreversível, toda aquela emoção contida no meu passado...
Emoção que de tão distante de repente já é tornada história!
História sofrida e amarga registrada nos anais da alma, mas pôr poucos sabidos...

Fatos acontecidos num certo passado, fatos passados para a mente, fatos enfim guardados no coração até o presente.
São como pedacinhos da gente partidos no tempo, espalhados em melancólicas lembranças, testemunhas da minha desilusão, fomentadoras veementes de estúpidas esperanças.

Esperanças absurdas de parar o trem do tempo enquanto é tempo para nele voltar pulando de vagão dia em vagão dia... Até aquele dia (o do primeiro vagão) e nele encontrar você!

Você solitária passageira que de mim irracionalmente fugiu, deixando-me prostrado e de coração partido numa irreal estação, vendo-a perder-se na névoa Obliterante de cada dia subseqüente...

Esperança de que tudo o que aconteceu poder mudar, de poder anular todo este tempo inutilmente perdido, de lhe reconquistar e de lhe dizer o quanto desde então tenho sofrido.

Sofrido pôr não mais poder lhe ter, seguro em meus braços, sofrido pôr não mais me ter-me apertado de encontro ao teu peito,
Sofrido pôr não mais lhe ver nem a um leve traço. Sofrido enfim pôr saber que hoje em dia para isso mudar... Não há mais tempo e nada mais pode ser feito ou mesmo tentado!

MOVA  03/06/1986

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