quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amargo Desnovelo



Amargo Desnovelo

Amar-lhe muito, tornou-se uma tônica no meu dia a dia.
Fiz desse amor a minha eloqüente profissão.
Trabalhei muito e lutei deveras... Para pouco conseguir depois de tanto.

Amei-lhe todos os dias sem exceção, varei noites sem conta.
Percorrendo labirínticas ruas, cultivando fantasias idílicas que concomitantemente,
fomentavam-me desesperadas e cupidinosas esperanças.
Que pôr sua vez instigavam-me a dar mais um passo, na busca frenética
quase patética que eu sem alternativas dava!

Mas tudo em vão, pois sem nunca tela encontrado, vivo ainda hoje frustrado.
Virei-me do avesso transtornado pôr esse infeliz destino
de amar sem ser correspondido, mal que até hoje padeço, mesmo sem ter sentido!

Amargo desnovelo a mim, se apresenta, assim tão cruel...
Apontado, gritado e grifado, pela realidade inflexível e intransigente
­que não me deixa duvidar que entre tanta gente, fui logo escolher,
a pessoa menos indicada para amar.
Pois você minha cara infelizmente já é comprometida e para mim...
Eu sei! Nunca vai olhar!


MOVA 17/04/1985

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