quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sob O Signo Do Seu Encanto


Sob O Signo Do Seu Encanto

Houve uma vez, não muito tempo atrás,
Uma explosão no céu cinzento do meu dia a dia.
Um sol radiante nascera!
Clareando-me a vida, descortinando-me o horizonte e a alegria.

Um sol tão intenso, com a sua incandescente massa de plena beleza, com sua coroa flamejante lá do alto irradiando infinita pureza e com seu imenso e ardente campo magnético fazendo-me prisioneiro lépido da sua harmonia! Nascera um sol amigo, astro rei, brilhando sobre mim, bronzeando-me nos seus lânguidos raios de fervilhante euforia.

Você minha estrela de primeira grandeza, serenamente tremeluzindo eterna e terna no meu firmamento você carinhosamente reluzindo e me sorrindo assim misteriosa desde que a conheci até este momento.

Astronômicas fantasias nasceram-me sob o signo do seu encanto.
Gigantescas revoluções mudaram o destino do meu universo... E
Diferentes sensações se manifestam então no que eu canto, enquanto
Arriscadas revelações me escapam desfraldadas nestes versos.

Eu lhe amo!

Mas essas minhas palavras rapidamente se queimam,
Paradoxalmente voláteis sob a chama intensa deste mesmo amor.
Em todas as vezes que inadvertidamente, tento proferi-las, para dizer-lhe o quanto eu gosto de você... Pois a realidade me exibe e também exige!...
E a bem da verdade: entre nós nada haverá... Nada existe!

E isso queima! E me deixa triste!

E nada eu podendo fazer para mudar, angustiadamente fico aqui apenas a escrever.  A escrever e sonhando, sobre este universo faiscante que me é você!
Vejo-me, rodopiando pelos seus dias numa rotação frenética até mesmo febril, inutilmente imaginando como seria num futuro, o nosso encontro e união, mesmo sabendo de antemão da impossibilidade de tal fato.

Mas ainda assim muito eu lhe amo e hei de amar, e num movimento camuflado de translação ora me afastando, ora me aproximando em torno de você, sempre necessitarei circular. Circulando fiel, estarei muito lhe amando, mas...
Eclipsando-lhe meus sentimentos, ocultando-os pôr trás do sólido obstáculo interposto pela razão!
Estarei seguindo-a como se eu fosse o seu satélite natural.
Numa órbita estável para todo o sempre. Atraído irremediavelmente pelo cosmos de um destino, apenas, pela força sutil, mas poderosa do seu encanto!
MOVA 01/04/1985

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