quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Prisioneiro



Prisioneiro
  
Prisioneiro da solidão,
Trilho cabisbaixo pelas ruas da amargura.
Sendo açoitado vez em quando duramente no coração,
Pela chibata cruel da saudade nua e crua...

Dores lancinantes então
Espremem-me os pensamentos
Agudas pontadas derrubam-me ao chão.
E pelas sarjetas rolo e rolo no escuro esquecimento.

Maltrapilho, extenuado e agoniado pôr estar a tanto sem você,
Definho a cada dia que passa,
Regredindo a um reles arcabouço,
Nesta vida ingrata que devagar me mata.

Prisioneiro da solidão,
Condenado a sucumbir aos poucos.
A todos peço perdão!
Mas nada mais me resta ou mesmo adianta... Se no peito, não mais trago sequer uma esperança!

Então deste mundo louco me despeço,
Fugindo para o além ao encontro de uma merecida bonança!

MOVA 24/12/1985

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