terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pôr uma vida inteira




Pôr uma vida inteira


Hoje não sei bem o porquê, quando eu estava sozinho e em nada pensando... Lembrei-me sem forçar... De você!

Veio-me a mente, resquícios amarelados pelo tempo de um tempo que me foi todinho você.

Retalhos de lembranças, fiapos de dissonâncias. Antigas esperanças... Ousadas extravagâncias!

Num rasgo frenético em devaneios me perdi, num raio elétrico... Ao passado me fundi!

Esqueci-me das horas, em recordações idílicas me aprofundei...
Desesperadamente trazendo à tona, tudo aquilo de belo que jamais esquecerei!

Brinquei com as lembranças e esperanças remotas. Alegrei-me com a impressão inebriante... De ter você hoje novamente presente!

Esquecendo-me, porém...

Que era tudo apenas ilusão passageira e que sem você eu passaria sobremaneira,

Sozinho e triste...
                               Pôr uma vida inteira!

MOVA 18/12/1984

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