segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Náufrago



Náufrago

Nas lágrimas do meu pranto,
Navego perdido no escuro da sua ausência...
Flutuando inerte pelos mares da saudade,
Enfrentando pesadelos borrásticos e ondas incríveis de delírios febris!

A dor que ora me tange o peito, soçobra-me as forças para lutar
Neste mar bravio repleto de solidão

Noite à dentro, no negrume de minha decepção, entre destroços
Desesperadamente agarro-me ao que estiver mais a mão...
São, pois estas linhas porto seguro onde me lanço de coração em busca de apoio, paz e tempo!

Tempo para refletir, avaliar e respirar...

Tempo para com calma traçar no mapa do meu destino, uma rota que um dia me levará ainda que devagar. Para bem longe... Para bem longe deste ponto aqui no mar!

Tempo que me faça esquecer, deste barco do amor
Que sem você para comandá-lo... Hoje jaz, submerso e destroçado no fundo negro do mar.

Enquanto agora a deriva num salva-vidas precário.
Aguardo ansiosamente que a qualquer momento.
Alguém milagrosamente venha me salvar!
MOVA 31/07/1984

Nenhum comentário: